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Menino de Paris
30 de julho de 2013
O jovem homem
De pele alva e cabelos entremeados
Por fios de prata
Transitava pelas ruas de modo desencontrado...
Em seus olhos castanhos
O Siena refletia infindáveis histórias...
Sua alma vazia e solitária
Acalentava promessas de juventude
Tardiamente ainda procurava nas suas melhores matizes
Os sonhos acalentados desde a meninice
Borbulhavam entre as águas revoltas
Pela navegação dos tempos atrozes.
Sua vida em quadrantes e poemas desfeitos
Sobrava ainda a esperança de completar o destino
Diante do encontro com a felicidade...
O homem caminhava solitário ainda perturbado
Reverberava sobre a obra da vida.
Na imensidão de seus medos jogou moedas
E renovou os pedidos diante do entardecer
Fez confissões que somente a lua seria capaz de entender...
Quantas fagulhas sentidas, mas incapazes de incendiar sonhos
Nesse cenário magnífico, a solidão parecia sorrir
Enquanto a Torre Eiffel imprimia no céu o seu diário espetáculo.
Funcionando como um farol e passando entre os cadeados da ponte
Cheios de desejos sentimentais,
O Menino de Paris imaginava o seu caminho.
Procurava nos recônditos da alma um sonho afável.
Imaginava um encanto nobre
Capaz de reimprimir o sorriso juvenil
Onde os sorrisos pueris tem valor de eternidade...
Um mergulho nos sonhos pode afogar a realidade vivida
Mas nem sempre desistir é um ato de coragem...
É preciso chegar ao fim das coisas para compreender
O coração dele sabia que até Versailles faltaria oxigênio
Para desenterrar os sonhos que estavam mortos há tanto tempo....
Os sentimentos não são funcionais ou matemáticos
E diante da luz parisiense houve uma digna promessa
De que ao findar as histórias do passado
daria início numa jornada mais verdadeira e feliz
Vislumbraria territórios férteis de uma paixão imaginada
Mas, realizável em abraços verdadeiros...
28.07.2013 Foz do Iguaçu/Curitiba.
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Taís Martins Escritora, MsC, e professora. Contato: taisprof@hotmail.com focuslife@playtac.com |
Os caminhos da imaginação pela Escrita