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By Daniel Bernard

O conceito de microfranquia, utilizado em outros países, foca na ideia deste ser um instrumento para a erradicação da pobreza, inclusive a extrema, e confunde o conceito de franquia com outros sistemas afins, porém distintos, como licenciamento, concessão comercial, representação comercial, cooperativa ou centrais de compras. Na aplicação deste conceito à realidade brasileira, o objetivo consiste em aumentar o acesso de uma população, em sua maioria da classe B e sobretudo da C, ao mercado consumidor e às modernas ferramentas de gestão disponibilizadas por redes de franquia bem estruturadas.  
 
As microfranquias se aplicam a negócios que requerem um investimento inicial inferior a R$ 50 mil, ou o equivalente 3 vezes a renda per capita do país. Trata-se da nova fronteira do sistema de franchising, pois une os 3 grandes objetivos na montagem de novos negócios: baixo custo de entrada, payback relativamente rápido, negócio estável e duradouro.
 
As microfranquias atendem adequadamente à demanda por franquia no Brasil ainda não suprida. Dentre os cerca de 300 mil interessados em franquias no Brasil, 70% buscam negócios com investimento inicial abaixo dos R$ 100 mil. No entanto, somente 20% das franqueadoras em operação atendem a este quesito.  
 
Trata-se de estratégia para expansão de negócios em rede em grande escala, pois se pode abrir centenas de unidades num país continental como o Brasil, permitindo a interiorização de negócios. Por outro lado, sua aplicação bem sucedida requer franqueadores bem estruturados, com forte controle centralizado de gestão e com custos viáveis de supervisão e controle.
 
Estima-se que cerca de 17% das marcas e 4% do faturamento das franquias no Brasil provenha de microfranquias e estes percentuais tendem a crescer muito nos próximos anos. De acordo com dados da ABF de 2012, são atualmente 336 marcas oferecendo microfranquias, reunindo 12.560 unidades franqueadas (média ainda baixa de 37 unidades por rede), que faturam em média R$ 30 mil mensais e geram 37 mil empregos diretos (média de 3 por rede).  
 
Para 2013, estimamos uma expansão muito grande no número de microfranqueados, sobretudo nos segmentos de serviços  especializados, beleza, saúde, educação, informática e negócios que possam operar com pouco ou nenhum estoque, no formato home based ou fora de shopping centers.  
 

Daniel Alberto Bernard      Diretor Geral da NetplaN Consultoria      Coordenador da Câmara Setorial de Franchising      da ACP  - Associação Comercial do PR      Consultor do BID.       NETPLAN - Parceria de Negócios PLAYTAC

Contato: contact@playtac.com

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