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O CINEMA E A PAIXÃO
17 de janeiro de 2013
Ricardo Zimmer em gravação no Rio de Janeiro
"O cinema nasce em minha vida desde minha infância, quando meu pai me levava ao único cinema da cidade para ver histórias em movimento. Nessa época eu ainda não compreendia que aquilo que via na tela, aquelas cenas de épicos, dramas, romances, atores desfilando em figurinos que me encantavam logo me conduziram a paixão pela magia de um dia um cineasta. Perguntava para meu pai: quem fazia aquilo se movimentar na tela? Que máquinas gravavam imagens e projetavam imagens que me encantavam?. Sempre que eu saia da sala, o projecionista muito amigo me dava pedaços de rolos de filmes e eu em casa continuava a imaginar o cinema na minha rotina. Tentava adivinhar como aquelas fotos em quadrinhos dos fotogramas, pudiam se movimentar ao serem projetadas.
O tempo voou e eu logo já sabia que era cineasta que eu queria ser. Fazer filmes para contar histórias em movimento. E, assim, nasceram no interior do Rio Grande do Sul, na cidade pertencente a Quarta Colônia, no centro do Rio Grande do Sul, os meus primeiros passos para a realizar filmes que de fato já era uma paixão. Como também amo os livros, queria ver as histórias todas em filmes e imaginava como transformar as cenas, os conflitos, os dramas, as idéias para um filme. Foi nascendo assim a certeza de que iria para uma escola de cinema. No instituto cinematográfico de Buenos Aires, pelos anos de 1983, fiz meus estudos e o conhecimento da linguagem, da técnica e de como a profissão de um cineasta seria minha meta. Assim, logo volto ao Brasil e crio as produtoras que juntamente com aficcionados por cinema desenvolvemos nossos primeiros ensaios e experimentos em filmes. Primeiro foi em Super-8, depois o contato com o 16mm e logo o 35 mm. Num país onde o cinema é feito por uma minoria e onde as produtoras somente são de sócios parentes, pais, irmãos eu era um diferencial e assim construi minha carreira, fora dos eixos Rio e São Paulo, desenvolvendo os meus filmes independentes e construindo o cinema que nasceu na minha alma ainda criança numa cidade pequena do interior por freqüentar a única sala de cinema da cidade que hoje é apenas uma sala abandonada.
Diretor RIcardo Zimmer filmando com Marcelo Novaes o filme A +
O cinema é de fato um meio que me comunico e os novos projetos em andamento de novas obras sendo captadas e preparando novas versões. Não paro nunca de fazer filmes e dentro de toda a verdadeira identidade de um cinema autentico, experimental com as novas tecnologias , fazendo a diferença num país onde não existe uma industria cinematográfica e sim pessoas que fazem seus filmes. Não quis mais ser conivente ao sistema de captação de recursos pelas Leis de Incentivo, e criei o cinema independente do Brasil, onde não fico atrelado a leis e a espera de verbas de impostos de empresas. Meu cinema é minha paixão e não um fardo e uma cobiça para ser selecionado por Leis que atrelam a maior indústria de entretenimento do planeta.
Ricardo Zimmer e a artista Livia Andrade
O meu cinema é meu e posso assim desenvolver cada vez mais a liberdade de contar histórias de como vejo e interpreto o mundo. Uma paixão única que me espelho aos meus queridos mentores do verdadeiro cinema, eternamente Felline, Pasoline, Kurosawa, Chaplin, Coppola e tantos outros. Sou apenas mais um que ama fazer cinema."
Ricardo Zimmer
Diretor de Cinema
Gaúcho, Ricardo Zimmer aos 17 anos iniciou seus estudos de cinema no Instituto Nacional de Cinematografia de Buenos Aires. Aos 19 anos montou sua produtora, a CZA cine-vídeo em Porto Alegre,produziu inúmeros documentários e filmes curtas e médias. No Rio de Janeiro dirigiu e produziu o Programa "Aqui Brasil" exibido nos canais de TV Americanos ( Continental Cable Vision e Vision- 1992/94). É também roteirista e escritor. Escreveu e dirigiu no Rio a peça teatral “Rita, Uma Santa Mulher”, 2008 e 9, – Escreve os esquetes para o PROCENIUM 1 E 2 da escola de atores Mega Cultural de Marcos Muller encenados em São Paulo no Teatro Augusta.. Ministra cursos de introdução a produção cinematográfica em várias cidades brasileiras. Em 2009 em Porto Alegre cria a Beagle Films ao Projeto Cinema Independente do Brasil onde produz seus novos filmes sem as Leis de Incentivo, roda o longa baseado em Natasha "The Flavour of Life" e em 2010. Vamos Tomar um Café, co-produção Londres, Que Morra Teu Amor com Minha Vida. Documentário 50º anos de Imigração Brasil e Coréia, o docucrama A+ (A Positivo) 2012, o curta -O Casamento de Marielen 2012
Contatos: focuslife@playtac.com
Coluna sobre Arte do CINEMA
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Rene alexandre lacerda
Meu irmao ricardo zimmer quanto tempo... desde o dia q batemos fotos no shoping na minha caminhonete amarela L200 logo apos tive uma fatalidade de um acidente onde fiquei 10 meses em coma e varios anos numa cadeira de rodas. Levantei pq como escreveste na dedicatoria do teu livro catarina p mim: sou um grande amigo heroi para essas aventuras q inventamos. Contate comigo temos muoto a falar e escrever... pq eu falo notoriamente nao sei escrever..minha mulher e diretora de arte quero q a conheca... e vamos concluir nossos projetos inacabados. Saudade de vc meu irmao. Com carinho e admiracao sempte teu irmao . RENE LACERDA