Playtac
Focuslife
Home / Focuslife / COLUNISTAS Voltar
Voltando a falar...
23 de outubro de 2013
Rossana e o filho
Após uma pausa em narrar minha trajetória para vocês, por conta de uma passageira reação clínica no meu olho direito, volto a dividir com vocês mais emoções da minha trilha na arte.
Falar desse diretor italiano generoso que foi o ALBERTO PIERALISE é reconhecer a sua importância na assinatura dos filmes como :“UM MARIDO SEM......E COMO UM JARDIM SEM FLORES” que já tinha citado, mas o primeiro foi: MEMORIAS DE UM GIGOLÓ com um elenco maravilhoso: ROSSANA GHESSA –JECE VALADÃO – CLAUDIO CAVALCANTE - NEUSA AMARAL, entre outros, esse filme é uma comedia nteligente que me fez voltar da India correndo para iniciar as filmagens, a produção era da MAGNUS FIMES que pertencia ao Jece e nessa época não havia captação de recursos, a produtora tinha que fazer parcerias com a distribuidora e exibidora( que nem sempre era a mesma) para garantir a estreia do filme quando estivesse finalizado , não tinha dinheiro para cenários ou estúdio, então as locações eram quase sempre em casas alugadas ou emprestada por amigos ou amantes do cinema, aconteceu que uma das locações foi na casa do José Albuquerque que na época era meu noivo, ele era engenheiro industrial e dono de uma construtora.
Lembro-me que um dia quando retornávamos do almoço, um peão de obra com dois metros de altura e tres de largura invadiu o set completamente bêbado querendo falar com o José, toda a equipe já tinha argumentado tentando manda-lo embora mas não tinha argumento que o convencesse, aquela situação foi me irritando , ao limite em que meu sangue italiano falou mais alto, me levantei..parei na frente do king Kong e falei: "Você está atrapalhando o nosso trabalho, saia já daqui seu boçal...." ele me olhou e foi ficando roxo de raiva, enquanto eu continuava com meu discurso de indignação, por um momento pensei que fosse me agredir, foi bem na hora que o José e o Jece chegaram , o Jece se colocou entre nós, levando ele para fora do apartamento, quando voltaram , o Jece me disse: "Garota, se aquele cara te da um tapa não haveria plástica que consertasse a tua cara ".
Eu sempre tive esse lado valente, até ladrão com revolver na minha cara eu enfrentei, isso aconteceu quando eu morava em Copacabana e tinha ido no joalheiro pegar umas joias e em seguida passei numa agência bancária próxima para fazer um depósito de um cheque e ao sair antes de sair chegar na esquina da Avenida Atlântica fui abordada por dois assaltantes jovens , um deles estava com uma arma e disse: " Vai passando tudo aí rápido senão eu estouro sua cabeça" , ei virei e dei um soco na mão dele e arma caiu no chão, o outro que estava desarmado correu, e eu pulando que nem uma perereca chutava e gritava: " Vai trabalhar seu vagabundo", como eu era muito conhecida juntou muita gente e tudo acabou bem, meu cunhado me chamou a atenção e disse: "Você é louca, o assaltante estava com uma arma calibre 22 " mas o alerta que me fez refletir sobre meu impulso foi do meu filho que me via como a Mulher Maravilha e me disse: "Mamãe eu também vou dar um soco neles..." foi aí que houve um despertar que eu não poderia passar esse tipo de referência para meu filho, em Ana Terra montei cavalo que nem gaúcho montava, cheguei a dirigir lancha em alta velocidade sem saber nadar, acredito que esse comportamento é próprio da juventude que acredita ser imortal , comecei a aprender a controlar esse meu temperamento depois de ser mãe, mas ainda tenho os meus momentos que tenho que ser valente, mas diante de fatos reais que a vida nos coloca ,não tem outra forma a não ser enfrentar com a cabeça erguida e seguir em frente.
O PREÇO DA OMISSÃO É MAIS BARATO DO QUE DA AÇÃO, MAS SUAS CONSEQUENCIAS AS VEZES PODERÃO SER MAIORES.
Biografias, Histórias de vida de personalidades